Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Marígia Tertuliano - Profª. da UNP
A comunicação é originalmente concentrada no Brasil, assim como a renda.
Há seis anos havia uma pequena rede e, atualmente, vemos confrontos aos grandes organismos de imprensa.
O princípio de rede nos interliga e facilita a difusão de nossas ideias. A teia é ampliada. Quem tem o que mostrar e não onde mostrar hoje, tem um espaço seu – os blogs. Talvez uma forma de nos contrapormos às verdades absolutas.
Acredito que não conseguiríamos expor nossas ideia se ainda dependêssemos, exclusivamente, da velha mídia.
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Foto Marígia |
A Internet é o pano de fundo geral. E com ela, romperam-se barreiras da comunicação onde os conteúdos, nela postados, são individuais, mas tratados de forma coletiva e plural.
Há quem questione a sua função integradora. Entretanto, a democratização da informação; a leitura das mesmas informações; os erros e a manipulação; o debate e o empoderamento são algumas das questões que merecem ser desnudados.
O debate é plural e, como tal, merece uma reflexão apurada.
As mídias sociais fazem interlocução. Percebe-se um fortalecimento da comunicação nas redes sociais. Nela fala-se o que se pensa e o que se sente. Muitas vezes, esses espaços são usados para desabafo – uma forma de imprimir a liberdade de expressar-se, o que a propriedade cruzada da comunicação, não permitia. Essa nova mídia, criada por anônimo é uma vitória coletiva, uma vez que não tem patrão, não tem chefe ou líder, mas a possibilidade de se fazer ouvir.
Logo, a rede ajuda à acessibilidade através da comunicação comunitária e percebe-se uma ampliação da educomunicação. A educação digital torna-se uma necessidade básica e amplia a possibilidade de o anônimo expressar-se e fazer valer os seus direitos.
Estamos assistindo a uma transformação. A construção de algo diferente, onde não há uma Agenda Setting do debate político , como era feito pela grande mídia quando determinava esse debate. Hoje ele pode ser desconstruído através dessa rede que se amplia.
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Encontro de blogueiros progressistas em São Paulo |
Não existe uma disputa de agenda, uma vez que há uma militância que começa a pautar outros personagens. Essa militância sou eu, é você, somos nós. Os exemplos são vários: a mobilização por combustíveis mais baratos; a intervenção a regulação dos automóveis; os questionamentos sobre a gestão municipal, entre outros.
Assim, começa-se a discutir outros focos de interesse e isso é muito novo. É novíssimo.
Os cases surgem e com eles a questão: estamos realmente imprimindo controle e participação social, através dessas novas mídias? Organizamo-nos em blogues, em twitter, para tentar vencer essa forma de comunicação ainda arcaica e concentrada nas mãos de poucos.
Os cases surgem e com eles a questão: estamos realmente imprimindo controle e participação social, através dessas novas mídias? Organizamo-nos em blogues, em twitter, para tentar vencer essa forma de comunicação ainda arcaica e concentrada nas mãos de poucos.
Estamos vivendo um momento diferente. A grande mídia está correndo atrás da Internet. Percebe-se esse movimento quando nossas informações saem da rede e são pautas da mídia.
Enfim, está acontecendo um grande jogo e esse precisa ser jogado com responsabilidade para consolidar esse novo espaço de debate. Afinal, a mídia tem um grande poder pedagógico e a nova mídia precisa apropriar-se desse poder para consolidar-se e ajudar a ampliar o SER em detrimento do TER.
Enfim, está acontecendo um grande jogo e esse precisa ser jogado com responsabilidade para consolidar esse novo espaço de debate. Afinal, a mídia tem um grande poder pedagógico e a nova mídia precisa apropriar-se desse poder para consolidar-se e ajudar a ampliar o SER em detrimento do TER.
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