O
Palácio do Planalto já avisou ao PMDB que o diretor-geral do Departamento
Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), Elias Fernandes Neto, terá de deixar o
governo.
Gerson
Camarotti, O Globo
Como
mostrou O GLOBO, ele é acusado de favorecer seu estado com verbas federais e de
desvios de R$ 312 milhões. O vice-presidente Michel Temer negocia a troca no
Dnocs para evitar uma crise com o PMDB na Câmara, pois Elias é afilhado do
líder Henrique Alves, que rejeita a substituição.
Com
o apoio do Planalto, o ministro da Integração, Fernando Bezerra — que também
direcionou verbas a seu estado —, confirmou que mudará todas as diretorias do
Dnocs, além da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba
(Codevasf) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
As
irregularidades foram detectadas em auditoria da Controladoria Geral da União.
Elias Fernandes é potiguar e afilhado político do líder do PMDB, deputado
Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo auxiliares da presidente Dilma, não será
mais possível manter Elias Fernandes Neto no cargo depois da demissão do
ex-diretor administrativo e financeiro, Albert Gradvohl, concretizada na
segunda-feira. Gradvohl era afilhado político do PMDB do Ceará.
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