Cinco
profissionais foram mortos aqui em 2011, aponta entidade
O
Globo
O
Brasil é o oitavo país mais perigoso para o trabalho da imprensa hoje. O dado é
do International News Safety Institute (Insi), entidade que acompanha casos de
violência contra jornalistas no mundo. Segundo ranking divulgado esta semana
pelo Insi e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji),
parceira do instituto no Brasil, o país só fica atrás de quadros graves de
violência contra a imprensa, caso do México, com o agravamento da violência do
tráfico de drogas, e de países em conflito no Oriente Médio.
O
ranking é baseado no número de jornalistas assassinados no exercício da
profissão. Paquistão, México e Iraque estão nos primeiros lugares, cada um com
11 assassinatos ano passado. Em seguida, vêm Líbia, com dez; Honduras, com
oito; Iêmen, com sete; Filipinas, com seis; Brasil e Índia, cada um com cinco
assassinatos; e Somália, com quatro.
Ainda
segundo o relatório do Insi, os confrontos da Primavera Árabe fizeram crescer a
violência contra profissionais de imprensa: 23 morreram cobrindo o movimento.
No total, em 2011, foram 124 profissionais mortos em 40 países, contra 97 em
2010.
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A posição do Brasil mostra uma situação grave, porque ele só perde para países
em conflito e para o México. Mas a situação é pior se pensarmos que os que vão
para conflitos no Oriente Médio têm treinamento antes. Aqui, quem cobre
operações policiais, não - diz Marcelo Moreira, presidente da Abraji e representante
do Insi no Brasil.
Segundo
Moreira, o Insi deve abrir este ano um escritório regional no Brasil, pelo qual
deve oferecer treinamentos regulares de segurança a jornalistas.
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