Pesquisa
da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, indica que os oceanos do planeta
estão ficando cada vez mais ácidos. No ritmo atual, segundo os cientistas,
cerca de 30% das espécies marinhas podem ser extintas até o fim do século. De
acordo com a pesquisa, a água do mar está ficando mais ácida devido ao dióxido
de carbono.
Agência
Brasil
Os
cientistas examinaram a água abaixo dos vulcões, nas quais o dióxido de carbono
ocorre naturalmente, para verificar como a vida marinha lida com a água mais
ácida. Segundo os pesquisadores, nos próximos anos a água marinha começará a
afetar alguns organismos e alguns tipos de corais não conseguirão sobreviver.
O
trabalho foi apresentado pelo cientista britânico Jason Hall-Spencer, que
estudou as aberturas vulcânicas no oceano. Segundo ele, a conclusão da pesquisa
é um “aviso” sobre o futuro dos ecossistemas marítimos. O trabalho foi
apresentado por ele durante conferência em Vancouver, no Canadá.
Hall-Spencer
disse que examina as aberturas vulcânicas como uma máquina do tempo. “Nem todas
as espécies estão calcificadas. Há conchas e esqueletos rígidos e existem
outros organismos com corpos macios que também deixam o mar [em busca de
qualidade de vida]”, explicou.
O
cientista ressaltou que há 55 milhões de anos aconteceu situação semelhante à
identificada na pesquisa, que leva cerca de 10 mil anos para ocorrer. Segundo
Hall-Spencer, os oceanos precisam de aproximadamente 125 mil anos para se
recuperar e obter de volta a “química normal”.
“[Ou
seja], o que fizermos ao longo dos próximos 100 anos ou 200 anos pode ter
influência nos ecossistemas oceânicos de dezenas de milhares a milhões de anos.
Essa é a implicação do que estamos fazendo com os oceanos agora", destacou
Hall-Spencer.
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