O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, comemorou
a decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei da Ficha
Limpa. Para ele, esse é um passo importante para a ética na política
brasileira. A lei entrará em vigor nas eleições municipais deste ano.
Agência
Brasil
“Não
vamos acabar com todos os males da política brasileira, entretanto, a lei será
um passo e aqueles carreiristas que querem fazer de seus mandatos uma extensão
de seus interesses privados, vão pensar duas vezes, pois a punição será muito
grande”, disse Cavalcante.
No
entendimento do presidente da OAB, a decisão da Suprema Corte inicia o processo
de reforma política no país. "O próximo passo agora será o Supremo
Tribunal Federal acabar com o financiamento privado das campanhas
eleitorais".
A
diretora da Secretaria Executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
(MCCE), Jovita Rosa, também considera a decisão do Supremo como uma vitória
para a sociedade. “A nossa forma de proposição deu certo e isso significa que
quando a sociedade se mobiliza, ela consegue modificar uma realidade”.
Segundo
ela, o movimento está escrevendo um projeto de lei de iniciativa popular para a
reforma política. “Já estamos recolhendo as assinaturas. Vemos que pessoas usam
o voto do eleitor e quando chegam [ao poder], defendem quem financiou suas
campanhas”.
Os
procuradores da República também se manifestaram a favor da decisão do STF. A
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), disse em nota, que a
vitória da Lei da Ficha Limpa é a comprovação de que o Brasil é, de fato, um
Estado Democrático de Direito e que um país sem corrupção é possível.
Para
o presidente da ANPR, Alexandre Camanho, o Supremo atendeu às demandas da
sociedade e demonstrou que o Poder Judiciário está largamente em consonância
com a proposta de um país honesto, que repudia governantes corruptos e
políticos incapazes de gerir o patrimônio público.
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