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vermelho*

De
acordo com o especialista, o chamado tempo de permanência principal (Mean
Sojourn Time, MST) - que corresponde ao intervalo entre a detecção do câncer na
mamografia e o aparecimento de sintomas - é menor nas mulheres mais jovens,
expressando um crescimento mais rápido do tumor.
"Para
detectar o câncer de mama mais cedo, as mulheres entre 40 e 54 anos devem estar
atentas sobre a importância de realizar a mamografia no prazo de 12 a 18 meses.
Para as mulheres de 54 a 74 anos, este prazo é maior, de 18 a 24 meses",
afirma Tabar em texto de divulgação do seminário.
O
câncer atinge 10% das mulheres
Segundo
o médico e escritor Dráuzio Varella, “uma em cada dez mulheres vai apresentar
câncer de mama”. Varella explica que a incidência desse tipo de neoplasia
aumentou significativamente nos últimos vinte anos. Parte do aumento resulta da
aplicação cada vez mais rotineira de técnicas diagnósticas como a
ultrassonografia e as mamografias, que todas as mulheres devem repetir
anualmente a partir dos quarenta anos (ou começar antes em casos especiais).
Outra parte é consequência da mudança de padrão reprodutivo feminino ocorrido
nos últimos cinquenta anos.
Dráuzio
enumera os fatores inevitáveis e os modificáveis que interferem diretamente no
risco da doença.
Fatores
inevitáveis
1)
Idade: 75% a 80% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos;
2)
História familiar: 90% dos casos são esporádicos, mas os 10% restantes estão
ligados à predisposições genéticas. História de câncer de mama em familiares do
lado materno ou paterno dobram o triplicam o risco. Quanto maior a proximidade
do parentesco, mais alto o risco. Deve-se suspeitar fortemente de predisposição
genética quando há vários casos de câncer de mama ou de ovário diagnosticados
em familiares com menos de 50 anos (especialmente em parentes de primeiro
grau), casos com câncer nas duas mamas (apresentação bilateral), ou casos de
câncer de mama em homens da família;
3)
Menarca: menstruar pela primeira vez antes dos 11 anos triplica o risco;
4)
Menopausa: parar de menstruar depois dos 54 anos duplica o risco;
5)
Primeiro filho: primeira gravidez depois dos 40 anos triplica o risco;
6)
Biópsia prévia em nódulo mamário benigno com resultado de hiperplasia atípica
aumenta de 4 a 5 vezes o risco;
7)
Já ter tido câncer de mama: aumenta quatro vezes a chance de ter câncer na mama
oposta.
Fatores
modificáveis
1)
Peso corpóreo: quando o índice de massa corpórea (peso dividido pela altura ao
quadrado) ultrapassa o índice de 35 numa mulher menopausada, seu risco duplica.
Se ela for pré-menopausada, no entanto, curiosamente o risco cai 30%;
2)
Dieta: Consumo exagerado de alimentos gordurosos aumenta o risco 1,5 vezes.
3)
Consumo de álcool: quando excessivo, aumenta 1,3 vezes;
4)
Ter recebido radioterapia no tecido mamário para tratamento de outro tipo de
câncer: se ocorreu numa menina com menos de dez anos, o risco aumenta 10 vezes;
5)
Uso corrente de contraceptivos orais: aumenta 1,24 vezes;
6)
Reposição hormonal por mais de dez anos: aumenta 1,35 vezes.
Mulheres
que apresentam fatores de risco para desenvolver a doença devem ser orientadas
a procurar o especialista para avaliações radiológicas mais frequentes.
*Por
Christiane Marcondes com informações do UOL e site Dráuzio Varella
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