Embora
o ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto acima), negue oficialmente, pois
sabe que o tema é polêmico, a presidente Dilma Rousseff já começou a estudar
uma nova proposta da equipe econômica para alterar a correção da caderneta de
poupança, fixada hoje em TR (Taxa Referencial) mais 6% ao ano.
Martha
Beck e Gerson Camarotti, O Globo
Segundo
técnicos do governo, a mudança só valeria para depósitos futuros. Ou seja, os
atuais poupadores não seriam prejudicados pela mudança, para não gerar
reclamações nem acusações de quebra de contrato.
O
novo modelo, ainda em versão preliminar, prevê que o retorno dado pela
caderneta seja variável, deixando esse tipo de investimento em linha com as
taxas praticadas no mercado.
A
ideia é manter o equilíbrio entre aplicações na poupança e demais aplicações
financeiras, evitando que o movimento de queda nas taxas de juros no país
provoque uma corrida dos investidores para a poupança.
Quando
reduz a Selic, o Banco Central (BC) acaba afetando a remuneração dos fundos de
investimentos, cujo retorno varia de acordo com os juros. Assim, a poupança
está se tornando cada vez mais atraente, pois dá um retorno garantido aos seus
aplicadores e ainda tem como vantagem a não incidência de Imposto de Renda (IR)
Mas,
caso haja uma migração em massa para a caderneta, os bancos e o próprio governo
terão problemas sérios. Os bancos passariam a ter dificuldades para o
cumprimento da exigência de aplicação de 65% dos depósitos em poupança na
habitação.
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