Ao
comparar a confiança no Judiciário com outras instituições a pesquisa,
realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, mostra esse Poder atrás
das Forças Armadas, da Igreja Católica, do Ministério Público, das grandes
empresas e da imprensa escrita. Na sexta colocação, o Judiciário aparece como
instituição mais confiável do que a polícia, o governo federal, as emissoras de
TV, o Congresso Nacional e os partidos políticos.
Fonte:
Valor Econômico
Duas
em cada três pessoas consideram o Judiciário pouco ou nada honesto e sem
independência. Mais da metade da população (55%) questiona a competência desse
Poder. A má avaliação do Judiciário como prestador de serviço piorou ainda mais
ao longo dos últimos três anos, segundo pesquisa realizada pela Fundação
Getúlio Vargas de São Paulo.
A
principal motivação do uso do Judiciário pelos entrevistados está relacionada
às questões envolvendo direito do consumidor (cobrança indevida, cartão de
crédito, produtos com defeito), aos conflitos derivados das relações
trabalhistas (demissão, indenização, pagamento de horas extra), seguida e
direito de família (divórcio, pensão, guarda de menores, inventário).
A
pesquisa da FGV indica que a maior parte dos brasileiros confia na sua família,
tendo em vista que 87% deles responderam que confiam ou confiam muito em seus
familiares. Em segundo lugar, aparecem os amigos, seguidos pelos colegas de
trabalho e, depois, pelos vizinhos. E apenas poucas pessoas (19%) afirmaram que
confiam ou confiam muito nas pessoas em geral.
Justiça
lenta
De
acordo com levantamento da Escola de Direito da FGV, coordenado pela professora
Luciana Gross Cunha, 89% da população considera o Judiciário moroso. Além
disso, 88% disseram que os custos para acessar o Poder são altos e 70% dos
entrevistados acreditam que o Judiciário é difícil ou muito difícil para
utilizar.
Desde
2009, quando a pesquisa sobre o Índice de Confiança no Judiciário começou a ser
feita, a percepção da população sobre a Justiça só piorou. No primeiro
levantamento, feito no segundo trimestre de 2009, o índice era de 6,5, em uma
escala de zero a dez. Na pesquisa mais recente, do quatro trimestre do ano
passado, caiu para 5,3 - índice um pouco melhor do que foi registrado no último
trimestre de 2010, 4,2.
A
coordenadora da pesquisa explicou que a avaliação geral da população
"sempre foi ruim" em relação ao Judiciário, mas piorou por conta de
problemas ligados a custos e morosidade. Para Luciana Gross Cunha, isso coloca
em xeque a credibilidade do Judiciário. "Leva a essa maior
descrença", comenta a professora da FGV.
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