Anonymous
News*
Somos
Anonymous. Somos legião. Estamos em todos os lugares e em qualquer lugar. Somos
gay no Texas, negro nos anos 1950s em Selma, separatista basco na Espanha,
curdo no Iraque e na Síria, anarquista na França, palestino em Israel,
blogueiro dissidente na China, cigano na Polônia, inuit em Nunavut, ativista
hacker na Grã-Bretanha, mulher sozinha num beco às 2h da manhã, agricultor sem
terra, ocupante no Parque Zuccotti Park, membro de gangue na favela e no gueto,
um carinha sentado sozinho num bar, um manifestante no Egito, um menino-soldado
na Somália, um estudante infeliz afogado em dívidas, uma família despejada, e
também somos você, claro.
Somos
as minorias exploradas, marginalizadas e oprimidas que sentem no coração
queimar o fogo da revolta e levantam-se para resistir e mudar o status quo.
Somos cada um e todos os excluídos e roubados que acordaram para ver que, sim,
cada um tem importância e merece mais da vida. Somos todas as maiorias que têm
de calar e ouvir a mensagem da suficiência que nos é impingida no palco global.
Somos cada movimento e cada rebelião que canaliza a própria energia para agir.
Somos o medo paralisante de que tudo se repita, os pensamentos cimerianos
(obscuros, escuros, infelizes, sombrios, nebulosos, frios, soturnos,
depressivos, desolados, desconsolados, assustadores, apavorantes, fantasmagóricos
[sobretudo no inglês da Escócia], elegíaco, funéreo, deus-nos-livre, lúgubre,
miserável, mórbido, plutoniano, sepulcral, solene, sombrio, pálido,
tenebrífico, tenebroso, o amaldiçoado rugido que mantém despertos, à noite,
insones, os donos do poder. Somos a espada que pende sobre a cabeça dos tiranos
– isso é Anonymous.
*
Tradução – Coletivo de Tradutores Vila Vudu
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