No
mesmo dia em que a China afirmou que a queixa conjunta de Estados Unidos, União
Europeia e Japão sobre a política de exportação de terras-raras do país é
injusta e vai se defender na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo
brasileiro informou que espera concluir até 2014 um mapa com as novas áreas
para exploração desses 17 elementos químicos empregados na indústria de alta
tecnologia.
Aguinaldo
Novo, O Globo
Iniciado
em janeiro, o projeto brasileiro conta com um orçamento de R$ 18,5 milhões e é
liderado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério
de Minas e Energia.
O
governo brasileiro também quer criar logo um marco regulatório para a
exploração de terras-raras, antes que ocorra uma corrida pela exploração no
país. A ideia é antecipar a discussão que ocorre hoje, por exemplo, com os
royalties do pré-sal.
Enquanto
poucas empresas começam a pesquisar o setor, seria mais fácil conciliar
interesses, na avaliação de um grupo de estudos formado para avaliar o tema,
capitaneado pelo Ministério de Minas e Energia.
—
Faremos uma seleção de alvos que, potencialmente, podem oferecer as melhores
condições de exploração. Neste ano, vamos centrar os esforços em duas delas, na
Amazônia e em Roraima — afirmou o presidente do CPRM, Manoel Barretto.
A
China responde hoje por cerca de 97% da produção mundial de elementos como
neodímio, lantânio ou cério, um mercado avaliado em até US$ 11 bilhões anuais.
O
Brasil tem figurado com destaque em rankings internacionais sobre os detentores
das maiores reservas de terras-raras, mas por enquanto apenas a brasileira Vale
e a canadense MbAC anunciaram publicamente projetos de exploração, em áreas de
Minas Gerais e Goiás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário