Vencido
o prazo original em que a transposição do Rio São Francisco deveria estar
pronta e funcionando no semiárido nordestino, a obra registrou aumento de R$
3,4 bilhões - ou 71% - em seus custos em relação à previsão inicial, segundo a
mais recente estimativa feita pelo Ministério da Integração Nacional.
Marta
Salomon, Estadão.com.br
Desde
o início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões
para R$ 8,2 bilhões. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva previa inaugurar
a obra em 2010.
Isso
significa que, se a transposição fosse uma aplicação financeira, teria rendido
65% acima da inflação do período. Para essa comparação, o Estado usou a variação
de preços medida pelo IPCA, índice usado no regime de metas de inflação do
governo. A alta foi de 8,2% entre dezembro de 2010 e março de 2012.
A
construção de cerca de 600 quilômetros de canais de concreto que desviarão parte
das águas do rio ainda deve consumir mais 45 meses. O preço aumentou com a
renegociação dos contratos originais e o lançamento programado de mais de R$
2,6 bilhões em novas licitações.
Iniciada
em 2007 como a mais cara a ser paga com dinheiro dos tributos entre os projetos
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra da transposição do São
Francisco está parada em três trechos: em Salgueiro (PE), Verdejante (PE) e São
José das Piranhas (PB).
Os
contratos originais referentes a esses trechos serão rompidos e haverá nova
licitação. Também serão licitados trechos de obras “remanescentes” ao longo de
quase toda a extensão do projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário