O
escândalo que envolve o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) atinge em cheio o
Democratas, que enfrentará um duro teste nas eleições municipais deste ano. Na
avaliação de cientistas políticos ouvidos pelo GLOBO, o DEM não está morto mas
terá que provar sua força para sobrevivência no cenário político.
Adriana
Mendes e Flávia Perry, O Globo
Uma
coisa é dada como certa, o DEM está “numa saia justa”. A celeridade na
definição do destino de Demóstenes é apontada como fundamental para que a
legenda não se desfaleça.
Para
o cientista político David Fleischer (UnB), a atual crise do DEM é muito pior
que a perda de parlamentares para o PSD porque mancha a imagem do partido. O
Democratas foi o partido que mais perdeu parlamentares para o PSD, criado pelo
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
-
Agora, estão tentando convencer Demóstenes a se desligar. Mas o campeão da
ética escorregou na sarjeta. O Demóstenes, nem para vereador acho que daria
mais. O problema maior é que ele era tido um dos senadores mais contundentes em
relação ao moralismo. Ele criticava todos malfeitos, era tido como reserva
moral do Senado, isso não se sustenta mais.
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda deverá decidir antes das eleições de
outubro sobre a divisão do fundo partidário e do tempo eleitoral gratuito.
Dependendo do resultado, o DEM pode perder dinheiro e tempo de TV, o que seria
crucial para a disputa eleitoral.
As
eleições municipais serão o grande teste para o DEM. Ainda na avaliação do
professor Fleischer, legenda não está morta e tem força em alguns estados. Mas
ele ressalta que haverá no conjunto o reflexo da perda de parlamentares para o
PSD e o forte efeito da crise do caso Demóstenes.
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Vão usar isso na campanha municipal. O DEM está de saia justa - avalia
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