Cerca
de 87% dos reajustes salariais realizados em 2011 resultaram em aumento real de
salários, ou seja, em um porcentual maior que a inflação medida pelo INPC,
segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística de Estudos
Socioeconômico (Dieese). O resultado é um pouco inferior ao de 2010, quando
88,2% dos reajustes foram feitos com aumento real.
Marcelle
Ribeiro, O Globo
Nos
demais acordos analisados pelo Dieese, 7,5% foram corrigidos por percentual
igual à inflação e 5,7% ficaram abaixo. A grande maioria dos reajustes acima da
inflação se limitou a até 2%: em 62,2% dos acordos os aumentos reais não
ultrapassaram 2%.
O
aumento real médio obtido pelos trabalhadores foi de 1,38%, ligeiramente menor
do que em 2010, de 1,68%. O maior aumento real registrado pelo Dieese foi de
9,36% e menor ficou em -3,93%.
O
coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre, considerou os
resultados de 2011 positivos apesar de ele terem sido inferiores aos do ano
anterior.
—
Foi um resultado extremamente positivo diante do cenário enfrentado em 2011. No
ano passado houve o entusiasmo de 2010, quando houve um grande crescimento do
PIB, e isso intensificou a ação sindical. Também temos que considerar uma
variável fundamental que é a inflação, que foi de dois pontos percentuais na
média mais alta em 2011 que em 2010. E o ganho real médio de 1,38% contra 1,68%
é muito próximo — disse Silvestre
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