Deborah
Berlinck, O Globo
Numa
declaração conjunta ao fim do quarto encontro de cúpula do bloco, na capital
indiana, os presidentes Dilma Rousseff, Hu Jintao (China), Dmitri Medvedev
(Rússia), Jacob Zuma (África do Sul) e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan
Singh, cobraram ação urgente para reformar a instituição.
E
formalizaram a ameaça que já vinham fazendo individualmente: só vão colocar
mais dinheiro no FMI se houver mudança em sua estrutura.
“Frisamos
que o atual esforço para aumentar a capacidade de empréstimo do FMI só será
bem-sucedido se houver confiança de que todos os membros da instituição estão
realmente comprometidos a implementar fielmente a reforma de 2010”, diz o
comunicado.
Naquele
ano, o FMI aprovou um novo sistema de cotas e votos que, na prática, vai
colocar Brasil, China, Índia e Rússia entre os dez maiores membros cotistas, com
peso nas decisões. Pelo acordo, europeus perdem dois dos nove assentos que têm
na diretoria.
Mas
os Estados Unidos ainda não ratificaram o acordo, e os europeus não estão com
pressa — razão da crescente frustração dos emergentes.
Os
cinco líderes também se queixaram da nova onda de instabilidade nos mercados,
provocada, sobretudo, pela crise na zona do euro. Em tom quase professoral,
eles exortaram o mundo rico a adotar políticas macroeconômicas e financeiras
responsáveis, a fim de evitar o contágio.
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