As
trabalhadoras domésticas na América do Sul e no Caribe obtiveram várias
conquistas nos últimos anos, mas há dificuldades de organização e garantias de
segurança durante as atividades, segundo a Organização Internacional do
Trabalho (OIT). No relatório intitulado O Trabalho Doméstico na América Latina
e no Caribe, os especialistas advertem que na região apenas o Uruguai “oferece
as condições necessárias para a negociação coletiva” dos profissionais
domésticos.
Agência
Brasil
Os
especialistas informam, no relatório, que os trabalhadores que atuam em
atividades domésticas são, em geral, mulheres. Por essa razão, a referência é
feminina: trabalhadoras domésticas.
No
Uruguai, os trabalhadores domésticos se reúnem em duas entidades, que costumam
ter força nas negociações – o Sindicato Único de Trabalhadoras Domésticas e a
Liga de Amas de Casa. No Brasil, são citados a Federação Nacional das
Trabalhadoras Domésticas - filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) - e
38 sindicatos.
O
documento adverte que “para as trabalhadoras domésticas, é difícil se
organizar. Isso se deve principalmente às condições de trabalho bastante
particulares, tais como o isolamento em domicílios privados, longas jornadas de
trabalho e organização sindical pouco fortalecida”. De acordo com os
especialistas, a maioria dos países precisa estabelecer proteção legal para
transformar alguns direitos trabalhistas em realidade para as domésticas.
O
estudo faz um detalhamento sobre o direito à licença-maternidade na América do
Sul e no Caribe. O Brasil é o país que dispõe de licença mais longa – até seis
meses e o mesmo período de garantia no emprego. Em alguns países, as
trabalhadoras domésticas não têm amparo legal durante o período de amamentação,
como Argentina, Equador, Colômbia e Costa Rica.
Há
países, como Honduras e Trinidad e Tobago, em que o período de licença
maternidade varia de três meses a 13 semanas. E há ainda os países em que o
amparo legal às trabalhadoras domésticas ocorre por meio de leis específicas,
não da legislação geral. Há situações que a estabilidade após o nascimento do
bebê não é mencionada.
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