12.3.12

Perfis reais e ativos em redes sociais podem nem chegar a 25%


Facebook: 845 milhões de usuários ativos mensais, segundo a própria empresa, com 483 milhões ativos diariamente no site e 429 milhões ativos mensalmente nos celulares.Twitter: 350 milhões de tuiteiros, dos quais 100 milhões ativos. Google+: 90 milhões de adeptos.

André Machado, O Globo

Mas serão, de fato, tão numerosos mesmo os perfis das redes sociais? Em alguns, de acordo com estudos recentes, o percentual de “amigos ou seguidores verdadeiros, ativos” não passa de 25% do total. Em tempos de ofertas públicas de ações e investimentos bilionários nas redes, saber exatamente quantas são essas pessoas é crucial para a qualidade dos negócios.

Mas o que é mesmo um usuário ativo mensal? Exatamente o que o nome diz: um internauta que entra numa rede — atualmente a principal ferramenta de comunicação na internet — pelo menos uma vez por mês. Será isso representativo? Quantos usuários podem ser, de fato, considerados engajados numa rede social? A falta de transparência nas métricas empresariais torna a resposta a essa pergunta um tanto elusiva.

O Facebook deu uma pista que vem sendo explorada por analistas na internet ao estabelecer, na página 44 de sua documentação apresentada nos EUA para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), também como usuários ativos mensais aqueles que, registrados na rede, “compartilharam conteúdo ou atividade através de sites de terceiros nos últimos 30 dias”. Zuckerberg e companhia dão a entender com tal asserção que, mesmo com uma conta pouco usada na rede, o usuário se torna ativo simplesmente por curtir algo de fora do ambiente facebookiano.

“Em outras palavras, toda vez que você aperta o botão Curtir no site da Liga Nacional de Futebol Americano, você é um ‘usuário ativo’. De repente você compartilhou um tweet em sua conta no Facebook? Novamente, é considerado um usuário ativo. O mesmo acontece se você se logar no ‘Washington Post’ usando suas credenciais no Facebook”, comentou Andrew Ross Sorvin no “New York Times”. 


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