Crianças
de até 15 anos com tuberculose frequentemente não são diagnosticadas por duas
razões: falta de acesso a serviços de saúde ou falta de preparo dos
profissionais para reconhecer sinais e sintomas da doença entre pessoas desse
grupo. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) que lembrou, neste
sábado (24), o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. A doença mata 200
crianças por dia no mundo.
Agência
Brasil
A
entidade ressaltou que foram feitos progressos no combate à doença – o total de
mortes registradas caiu 40% em relação a 1990. Ainda assim, a tuberculose entre
crianças configura, segundo a OMS, uma epidemia oculta na maioria dos países.
Ao
todo, 200 crianças morrem todos os dias em razão da tuberculose – ainda que o
custo para prevenir a doença seja US$ 0,03 por dia e o custo do tratamento para
curar a doença seja US$ 0,50 por dia.
A
estimativa é que pelo menos 500 mil bebês e crianças sofram com a doença todos
os anos, enquanto 70 mil morram. Crianças menores de 3 anos e as que enfrentam
desnutrição severa e que têm o sistema imunológico comprometido apresentam
maior risco de desenvolver tuberculose.
“Com
melhor treinamento e harmonização dos diferentes programas que promovem serviços
de saúde para crianças, agravamentos de quadro e mortes provocadas pela
tuberculose podem ser prevenidos em milhares de crianças todos os anos”,
informou a OMS.
A
maioria das famílias vulneráveis à tuberculose, segundo a entidade, vive na
pobreza e sabe pouco a respeito da doença e sobre como conseguir tratamento.
Quando um adulto é diagnosticado com tuberculose, por exemplo, não são feitos
esforços para checar se alguma criança que convive com aquela pessoa também foi
infectada.
A
única vacina capaz de prevenir formas graves de tuberculose é a chamada BCG
(bacilo de Calmette e Guérin), aplicada em crianças e adultos sob a forma de
injeção intradérmica.
O
sinal mais comum da tuberculose é a tosse seca e contínua por mais de três
semanas. A transmissão é de pessoa para pessoa, quando o doente fala, espirra
ou tosse. De acordo com o Ministério da Saúde, somente de 5% a 10% dos
infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença.
Brasil
Na
segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, apresentam o balanço do número de casos de
tuberculose no Brasil nos últimos anos. Na ocasião, também será apresentada a
nova campanha para conscientizar a população sobre os cuidados e o tratamento para
o enfrentamento à doença.
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