Um
bilhão de pessoas devem morrer por uso e exposição ao fumo até o final deste
século. O número é equivalente a uma morte a cada seis segundos. A previsão consta
de relatório da Fundação Mundial do Pulmão e da Sociedade Americana do Câncer
divulgado ontem (21).
Agência
Brasil
Na
última década, as mortes pelo uso de tabaco triplicaram, chegando a 50 milhões.
Somente em 2011, 6 milhões de pessoas morreram, sendo 80% delas em países
pobres e em desenvolvimento. De acordo com a fundação, o cigarro e outros
derivados de tabaco são responsáveis por 15% das mortes de homens em todo o
mundo e 7% entre as mulheres.
As
projeções se baseiam no fato de que estudos indicam que o organismo de quem
fuma continuadamente fica mais propenso a desenvolver doenças como câncer,
ataques cardíacos, diabetes, doenças respiratórias crônicas, dentre outras.
A
China é o país onde há mais vítimas do fumo. A cada ano, 1,2 milhão de pessoas
morrem em decorrência do uso do tabaco. Esse número deve saltar para 3,5
milhões até 2030, segundo as entidades, que elaboram um atlas com dados sobre
os efeitos do tabaco desde 2002.
Conforme
o relatório, a indústria do tabaco tem trabalhado em todas as partes do mundo
para postergar ou abolir a adoção de medidas contra o hábito de fumar, como
propagandas de advertência, leis de restrição ao consumo e introduzindo no
mercado produtos ditos de baixo teor. Nos últimos dez anos, 43 trilhões de
cigarros foram consumidos e a produção cresceu 16,5% no mesmo período.
No
último dia 13, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a
fabricação e venda de cigarros com sabor no país, entre eles, os mentolados e
de cravo. Os produtos sairão das prateleiras dentro de dois anos. Para a
agência reguladora e entidades de combate ao tabagismo, os cigarros com sabor
são usados pela indústria para atrair jovens e adolescentes. Os fabricantes
rebatem a crítica e alegam que a proibição vai aumentar o comércio ilegal
desses produtos no Brasil.
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