A
Câmara dos Deputados aprovou, ontem à noite, em votação simbólica, por
unanimidade, o projeto de lei apresentado pelo deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que
amplia o número de provas que podem ser usadas para constatar o estado de
embriaguez do motorista condutor de veículo. A medida visa a aperfeiçoar a
chamada Lei Seca, que trata da punição de motoristas que dirigem sob efeito de
determinado nível de álcool no sangue.
Agência
Brasil
O
texto aprovado estabelece que podem ser usadas, para constar a embriaguez,
provas testemunhais, exame clínico, imagens e gravações em vídeos. Pela lei
atual, só podem ser aceitas como provas o teste do bafômetro e o exame de
sangue. Ele também dobra a multa de quem dirigir sob efeito de álcool ou outras
drogas que causam dependência. O valor da multa para quem dirigir sob
influência de álcool, que hoje é R$ 957,70, passa para R$ 1.915,40.
A
matéria foi aprovada na forma de substitutivo apresentado pelo deputado Edinho
Araújo (PMDB-SP) apresentado ao projeto de Hugo Leal. Caberá agora aos
senadores discutirem e votar a ampliação de provas que podem ser usadas para
constatar a embriaguez de motoristas. Se o texto for modificado, ele retornará
para nova votação na Câmara.
A
decisão de votar hoje a matéria foi tomada na semana passada, em reunião do
presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), com líderes partidários e
com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Cidades, Agnaldo
Ribeiro. Recentemente o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou válidas
apenas as provas de exame de sangue e de teste do bafômetro.
Outras
modificações na Lei Seca para tornar mais rigorosas as punições para quem
dirige sob efeito de álcool deverão ser votadas no próximo mês de junho,
segundo o deputado Hugo Leal. Ele acredita que deverão ser aprovadas penas
maiores para motoristas pegos dirigindo bêbado.
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