Agência Brasil
Meses antes da realização da Cúpula das Américas, a
reunião gerou controvérsias devido à exclusão de Cuba, exigência dos
norte-americanos. Em protesto, os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo
Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) disseram que pretendiam boicotar o
encontro. Porém, nos últimos dias, somente Correa informou que não participará
do encontro. Morales e Chávez devem participar.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, conversou
com Chávez, Correa e Morales na tentativa de resolver a polêmica. Santos foi a
Havana, capital cubana, conversar com o presidente Raúl Castro para minizar o
mal-estar.
No Brasil, as autoridades defenderam a participação de
Cuba e reiteraram a necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e
financeiro imposto pelos Estados Unidos ao país desde 1962. Em decorrência do
chamado bloqueio, Cuba vive momentos de dificuldades internas na sua economia e
passou a abrir o mercado para investimentos estrangeiros.
A exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, segundo
negociadores que participaram das reuniões prévias, deve ser tratada de forma
reservada pelos presidentes presentes à reunião. O tema deve ser assunto do
chamado retiro – momento em que os líderes debatem questões políticas. Há
também a previsão de Dilma se reunir com Santos.
O Brasil e a Colômbia atuam de forma parceira nas
operações de resgate de reféns, mantidos sob poder das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc). No começo deste mês, aeronaves brasileiras
e equipes de especialistas integraram as ações de resgate dos dez últimos
militares e policiais mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.
Também estará em discussão na 6ª Cúpula das Américas a
questão da segurança internacional da região – Américas do Sul, Central e do
Norte. Várias vezes, os presidentes se manifestaram preocupados com o aumento
das ações dos traficantes de drogas e armas.
Norte-americanos e colombianos negociam a instalação de
bases militares dos Estados Unidos na região. O tema divide opiniões entre os
países vizinhos, inclusive o Brasil, pois há um temor de ingerência
norte-americana em assuntos internos.
Paralelamente, os presidentes conversarão sobre os
esforços conjuntos para ampliar os programas de inclusão social e combate à
pobreza. Dilma deverá mencionar os programas executados no Brasil e pretende
reiterar que o tema também será discutido durante a Conferência Rio+20, em
junho, no Rio de Janeiro.
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