O hábito de fumar não é associado às doenças
cardiovasculares como um fator de risco por muitas pessoas em diversos países,
segundo estudo apresentado no Congresso Mundial de Cardiologia, que acontece em
Dubai até o dia 21 de abril.
Agência Brasil
Encomendada pela Federação Mundial do Coração e executada
pelo Projeto Internacional de Controle do Tabaco (ITC Project, em inglês) e
pela Iniciativa contra o Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), a
pesquisa apresentada mostra que 70% dos fumantes chineses, 50% dos indianos e
40% dos holandeses desconhecem que o fumo contribui para o infarto. Os dados
são referentes a 2009 e 2010.
Em relação ao Brasil, 24,6% dos fumantes adultos, em 2008,
não acreditavam ou não sabiam que o cigarro pode levar ao infarto, segundo
pesquisa divulgada na página do ITC na internet.
No Reino Unido, nos Estados Unidos, na Austrália e no
Canadá – considerados avançados em sistema de saúde e legislação antitabagista
–, quase 50% de pessoas que fumam afirmaram não saber que os fumantes passivos
estão sujeitos a um ataque do coração quando expostos ao cigarro.
Apesar das mensagens de advertência em produtos, nenhum
país implantou programa de avisos que alertam a população sobre a elevação do
risco de uma doença cardíaca no caso de fumantes passivos, disse o chefe de
pesquisa do ITC Project, o professor da Universidade de Waterloo, no Canadá,
Geoffrey Fong.
Para diminuir os ataques cardíacos relacionados ao fumo,
as entidades responsáveis pela pesquisa recomendam o aumento do preço de
cigarros e outros derivados, a proibição do fumo em locais públicos e de
trabalho e a adoção de estratégias para desestimular o consumo entre jovens.
As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte
no mundo – o que corresponde a 17,3 milhões de casos por ano, dos quais 87% são
decorrentes da à exposição ao fumo.
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