Relatórios em poder da Polícia Federal mapeando as
ações de algumas quadrilhas ligadas ao jogo ilegal no país revelam que
contraventores aparentemente de pouca expressão se movimentam quase sempre associados
a grandes bicheiros brasileiros.
Antonio Werneck, O Globo
As investigações mostram que o país foi fatiado pelas
quadrilhas de contraventores. No Centro-Oeste, por exemplo, o principal nome é
o de Carlinhos Cachoeira - cuja quadrilha teve métodos de atuação revelados em
detalhes pela operação Monte Carlo. De Goiás, o bicheiro controlava também o
jogo ilegal em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Outro grupo de contraventores com atuação interestadual é
bem conhecido dos cariocas. São os decanos do bicho: Aniz Abrahão David, o
Anísio, patrono da Beija-Flor; Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães;
Antônio Petrus Kalil, o Turcão, e Luiz Pacheco Drummond, o Luizinho Drummond,
presidente de honra da Imperatriz Leopoldinense.
Do Rio, eles controlam as apostas na regiões Norte
(principalmente Manaus e Belém), Nordeste (Salvador, Fortaleza e Recife) e
Sudeste (Minas, Espírito Santo e Rio).
Completa a lista até agora identificada pelas autoridades
policiais o bicheiro paulista Ivo Noal, que ainda é quem manda em São Paulo e
Santa Catarina. Ele é apontado em diversas investigações como o capo da
jogatina no mais rico estado brasileiro.
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