Aos 58 anos, o economista Jeffrey Sachs é uma
referência internacional quando o assunto é desenvolvimento. Há mais de 20 anos
dedicado à construção de políticas de combate à pobreza, ele dirigiu por quatro
anos o projeto das Nações Unidas “Objetivos do Milênio”.
Flávia Barbosa, O Globo
Na última década, Sachs mergulhou no tema dos efeitos das
mudanças climáticas sobre o desenvolvimento. Diretor do Earth Institute da
Universidade Columbia, em Nova York, e conselheiro especial do secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, o economista advoga que o nível e o padrão atuais de
consumo são incompatíveis com o bem-estar no longo prazo e que são necessárias
mudanças imediatas.
Sugere taxar ricos e grandes corporações e eliminar
subsídios ao petróleo. Sachs vê na Rio+20 a oportunidade única de os líderes
globais darem o primeiro passo, com a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, em quatro vertentes: erradicação da pobreza extrema, sustentabilidade
ambiental (nas áreas de energia, produção agrícola e urbanização), sociedades
inclusivas e boa governança.
— Se isso for acordado, a Rio+20 será histórica. Se não
tivermos nem os objetivos, continuaremos no caminho ruim — diz Sachs em
entrevista ao GLOBO.
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