Agência
Brasil
A
prevalência da hipertensão cresce à medida que a população envelhece. Na faixa
etária de 18 a 24 anos, apenas 5,4% são diagnosticados com a doença. A partir
dos 65 anos, o percentual salta para 59,7%. A doença é mais comum entre as
mulheres (25,4%) que entre os homens (19,5%).
Em
2010, a mesma pesquisa apontou que 23,3% da população adulta vivem com pressão
alta. Apesar da leve queda na comparação com os dados do ano passado, o
ministério considera a taxa estável.
O
coordenador do Programa de Hipertensão do Distrito Federal, cardiologista
Lucimir Henrique, lembra que a população pode, e deve, aferir a pressão
regularmente e ter acesso aos primeiros tratamentos nos postos de saúde.
“Grande parte da população descobre que tem a doença por acaso, quando vai ao
médico. É um erro comum acreditar que, para tratar a doença, você precisa ir ao
especialista [em cardiologia]. Não é assim. Quem afere a pressão é a equipe de
saúde: o médico, o enfermeiro que é treinado para isso. Nós temos um protocolo
em consulta pública para que o enfermeiro conduza as orientações iniciais”,
disse o cardiologista à Agência Brasil.
O
médico chama a atenção para os fatores que contribuem para o aumento da pressão
arterial. “Os mais comuns são os genéticos e o comportamental: se você costuma
exagerar no sal em sua alimentação e é sedentário, as chances de desenvolver um
quadro de hipertensão aumentam, além de fatores como o tabagismo, o alcoolismo
e o estresse”.
Hipertenso,
o aposentado Davi Pinto, 75 anos, reclama do atendimento médico dado aos
hipertensos na rede pública de saúde. “O governo não dá nenhum suporte para a
gente. Mal oferece os medicamentos, que sempre faltam no posto de saúde. No
posto que eu vou, há mais de três meses está faltando um remédio que eu tomo
para a pressão”.
Para
o administrador de empresas Jermerson Serrão, de 46 anos, aos poucos, a
população está começando a ter hábitos mais saudáveis. “As pessoas estão
prestando mais atenção à saúde. Estão comendo coisas mais saudáveis, indo para
as academias e pensando mais no amanhã. Se cuidar direitinho hoje da saúde,
garante uma velhice com menos visitas aos hospitais. Eu não tenho tempo para malhar,
mas faço caminhada sempre que posso”.
A
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) coordena uma campanha de
conscientização em todo o país para reduzir o consumo de sal, açúcar, frituras,
temperos prontos, derivados de leite integral, carnes gordurosas e alimentos
industrializados, que contribuem para agravar a hipertensão.
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