Nível de radiação, no entanto, está dentro dos níveis
de segurança e liberado para consumo
OperaMundi - Agência Efe
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Um exemplar de atum-rabilho no aquário de Osaka, no Japaã |
Pequenas quantidades de césio foram encontradas em uma
espécie de atum na costa oeste dos Estados Unidos. Após pesquisa, cientistas
norte-americanos acreditam que a contaminação pode ter sido originada pela
radiação causada pelo vazamento ocorrido na usina nuclear japonesa de Fukushima
Daiichi. A suspeita foi publicada nesta segunda-feira (28/05) pela revista
científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Segundo o estudo, em 15 exemplares de atum-rabilho de um
grupo que foi coletado para avaliação no litoral de San Diego, na Califórnia,
em agosto do ano passado, foram dectatadas a presenção de 4 becqueréis de
césio-137 e de 6,3 becqueréis de césio-134. Cinco meses antes, em 11 de março,
a usina nuclear japonesa foi atingida por um terremoto e um tsunami, e entrou
em colapso, o que resultou em vazamento de materiais radioativos. O becquerel é
a unidade de medida de radioatividade adotada pelo Sistema Internacional. Um
becquerel corresponde à atividade de um material no qual se produz uma
desintegração nuclear espontânea por segundo.
O nível encontrado nesses exemplares é dez vezes maior do
encontrado nos atuns da mesma espécie e na mesma área nos anos anteriores.
Entretanto, continuam abaixo dos níveis considerados prejudiciais à saúde pelos
governos dos EUA e do Japão. Recentemente,o governo estipulou um limite de
segurança de 100 beqcueréis por quilo de alimentos.
A descoberta sugere que o peixe levou a radiação de um
lado do Pacífico para o outro de forma mais rápida do que a água ou o vento. O
atum pode nadar a profundidade de até mil metros e atinge a velocidade de 64
quilômetros por hora.
“Eu não diria às pessoas o que elas devem ou não devem
comer. Algumas pessoas acreditam que, por mais modestos que sejam, quaisquer
níveis de radiação são ruins e devem ser evitado. Mas comparando o que
encontramos e os níveis de segurança estabelecidos, não é uma grande
quantidade”, diz Daniel Madigan, pesquisador da Universidade de Stanford que
comandou as pesquisas.
A empresa operadora da usina de Fukushima, Tokyo Electric
Power, estima que 18 terabecqueréis de material radioativo foram jogados no
Pacífico após a tragédia, sob a forma de chuva ou se misturando-se diretamente
à água do mar. Um terabecquerel é equivalente a um trilhão de becqueréis.
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