A Comissão Nacional da Verdade, que será oficialmente
instalada nesta quarta-feira, 16, pela presidente Dilma Rousseff, vai iniciar
seus trabalhos voltada para os casos de desaparecidos políticos.
Roldão Arruda, Estadão.com.br
De acordo com dados publicados no documento Direito à Memória e à Verdade, do governo, são 150 casos de opositores do regime militar que, depois de presos ou sequestrados por agentes do Estado, desapareceram.
A prisão deles não foi registrada em nenhum tribunal ou
presídio, os advogados não foram notificados e os familiares até hoje procuram
esclarecimentos.
Um dos casos mais famosos é o do deputado Rubens Paiva.
Levado de sua casa, no Rio, por agentes de segurança, na noite do dia 20 de
janeiro de 1971, ele nunca mais foi visto.
A principal preocupação da presidente, na cerimônia em que
dará posse aos sete integrantes da comissão, será demonstrar que a instituição
não surgiu da vontade dela, que é ex-presa política, nem de seu governo.
Dilma quer evidenciar que se trata de uma iniciativa do
Estado, aprovada no Congresso e apoiada por diferentes setores sociais.
Ao lado de Dilma, no Palácio do Planalto, deverão estar os
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando
Collor e José Sarney. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos na
América Latina deve enviar uma mensagem para ser lida especialmente na
cerimônia.
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