Um total de 24 milhões de jovens mexicanos, com menos
de 29 anos, fazem parte do censo eleitoral. Desses, 14 milhões nunca
participaram de uma eleição presidencial. Mas são eles os grandes protagonistas
das próximas eleições no México, no dia 1º de julho.
O Globo
Enganados e ignorados, são os chamados “estudantes
revoltados”, a maioria de universidades privadas, que estão cansados de uma
democracia desvalorizada, e vão às ruas para protestar contra a corrupção, os
partidos políticos e a manipulação informativa das grandes redes de televisão.
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Jovens protestam na Cidade do México - Foto: Reuters |
O estopim para uma cadeia de protestos começou no dia 11
de maio, quando o candidato presidencial do Partido Revolucionário
Institucional (PRI), Enrique Peña Nieto, foi vaiado durante um comício na
Universidade Iberoamericana, fundada por jesuítas e localizada em uma das áreas
mais importantes da capital.
Em meio a gritos de “fora, fora” e “assassino”, Peña Nieto
acabou deixando a palestra. O PRI respondeu acusando a universidade de ter sido
manipulada por um grupo de provocadores e inimigos políticos infiltrados.
A Televisa, rede de maior audiência do país e acusada de
apoiar o líder do PRI, deu apenas a versão dos fatos favorável ao antigo
partido hegemônico.
Os protestos continuaram. Os estudantes foram às redes
sociais e gravaram um vídeo em que 131 deles mostravam sua carteira de
estudante, desmentindo as acusações do PRI. O vídeo motivou a criação da página
web “Yo soy 132”, que convidava mais jovens universitários a participar do
movimento.
Logo, o site virou o assunto mais popular no Twitter,
revolucionando a campanha eleitoral e surpreendendo toda a classe
política.
Leia mais em Nascem os estudantes revoltados no México
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