As duas maiores entidades representativas de juízes do
país divulgaram ontem (23) nota em que se dizem “preocupadas” com o texto do
novo Código Florestal. Segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e
a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), o novo código tem
inconsistências legais, que abrem brechas para futuros questionamentos na
Justiça.
Débora Zampier - Agência Brasil
As associações afirmam que o regramento pode criar
“perplexidade” nos juízes encarregados de aplicar a lei se os defeitos e
imprecisões não forem corrigidos a tempo. “Uma avalanche de ações judiciais
somente contribuirá para intranquilizar os produtores rurais, sobretudo o
pequeno, bem como a sociedade”, ressalta trecho da nota.
O texto segue com um apelo aos demais Poderes, pedindo
"discernimento" da presidenta Dilma Rousseff e "elevado espírito
público" dos membros do Congresso Nacional para resolver as questões
ambientais.
A presidenta Dilma Rousseff tem até a próxima sexta-feira
(25) para sancionar ou vetar – parcial ou totalmente – o texto do novo Código
Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 25. O texto do
Congresso Nacional chegou à Casa Civil no último dia 7.
Entre os pontos polêmicos da nova redação da lei florestal
está, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a
redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).
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