Com o histórico de pelo menos 80 jornalistas
assassinados desde o ano 2000, a liberdade de imprensa também entrou para a
lista de vítimas da violência em meio à guerra contra o crime organizado no
México.
Elisa Martins, O Globo
Só nos últimos 15 dias, cinco repórteres foram mortos no
país, e um jornal foi metralhado, anunciando que não vai mais dar notícias
sobre o narcotráfico.
Em comum, os jornalistas tinham a cobertura de temas
ligados à guerra das drogas, além de sinais de tortura quando seus corpos foram
encontrados.
O caso mais recente foi o de René Orta Salgado, jornalista
experiente em notícias sobre violência e simpatizante do Partido Revolucionário
Institucional (PRI), que lidera a corrida presidencial, assassinado este final
de semana em Morelos.
Ele e dezenas de repórteres não se transformaram em alvos
da delinquência por acaso: as ameaças estão diretamente ligadas a uma
demonstração de poder do crime organizado contra a intensificação do combate
iniciado pelo presidente Felipe Calderón, em 2006.
A guerra ao narcotráfico já deixou mais de 50 mil mortos e
calou muitos jornalistas que também temem por suas famílias.
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