Preocupante, sério e dramático são alguns dos adjetivos
usados por especialistas para descrever a atual situação do desemprego juvenil
no mundo. E os números divulgados ontem pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT) comprovam o cenário sombrio para os jovens e dão um recado ainda
mais desolador: não há perspectiva de melhora nos próximos anos.
Lucianne Carneiro, O Globo
A taxa de desemprego dos trabalhadores entre 15 e 24 anos
foi de 12,6% no mundo em 2011 e deve ficar em 12,7% este ano, segundo a OIT. O
desempenho é muito próximo dos 12,6% registrados em 2009, no ponto mais alto da
crise econômica. A entidade prevê que a taxa se mantenha neste nível pelo menos
até 2016.
O quadro é mais grave quando se trata das economias
desenvolvidas e da União Europeia. Hoje em 18%, esse desemprego deve ter apenas
leve recuo até 2016, para 16%. Para a OIT, são “níveis dramáticos”. Em 2000, a
taxa mundial era 12,7%, mas a dos países desenvolvidos e da Europa era muito
inferior ao nível atual, de 13,5%.
Dados da Eurostat — agência oficial de estatística da
União Europeia (UE) — que se referem às realidades nacionais são ainda mais
elevados. Na Grécia e na Espanha, mais da metade dos jovens não trabalham, com
taxas de 51,2% em janeiro e 51,1% em março, respectivamente.
Na América Latina, as taxas são menores, mas ainda assim
elevadas. O relatório da OIT revela que o desemprego na região foi de 14,3% em
2011 e prevê que fique estável este ano. Até 2016, deve oscilar entre 14,4% e
14,6%.
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