Rodrigo Martins, Estadão.com.br
Segundo a Justiça, Mayara alegou que não é preconceituosa
e não tinha a intenção de ofender. Foi motivada pelo resultado das eleições e
não sabia que seu tuíte teria tanta repercussão, afirmou. Disse, ainda, estar
envergonhada e arrependida.
“(Ela) pode não ser preconceituosa; aliás, acredita-se que
não o seja. O problema é que fez um comentário preconceituoso. Naquele momento
a acusada imputou o insucesso eleitoral (sob a ótica do seu voto) a pessoas de
uma determinada origem. A palavra tem grande poder, externando um pensamento ou
um sentimento e produz muito efeito, como se vê no caso em tela, em que milhares
de mensagens ecoaram a frase da acusada”, afirma a juíza Mônica Camargo.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em
Pernambuco (OAB-PE), Henrique Mariano, acredita que a condenação da estudante
Mayara Petruso por crime de racismo contra o nordestino, através de postagem no
Twitter logo depois da eleição da presidente Dilma, em outubro de 2010, terá
efeito pedagógico.
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