O Vaticano confirmou neste sábado que o mordomo do papa
Bento 16 foi preso em um escândalo embaraçoso de vazamento, acrescentando um
toque hollywoodiano para um conto sórdido de disputas de poder, intrigas e
corrupção nos mais altos níveis de governança da Igreja Católica.
Estadão.com.br
Paolo Gabriele, um laico e membro da casa papal, foi preso
na quarta-feira após documentos secretos terem sido encontrados em seu
apartamento na Cidade do Vaticano e continua detido, afirmou o reverendo
Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, em um comunicado.
Gabriele era frequentemente visto ao lado do papa Bento 16
em público, andando no banco da frente do jipe do pontífice durante as
audiências das quartas-feiras ou o protegendo da chuva. Ele era mordomo pessoal
do papa desde 2006, um dos poucos membros da pequena família papal que também
inclui secretários particulares do pontífice e quatro mulheres que cuidam do
apartamento papal.
A prisão dele se segue a outro escândalo no Vaticano nesta
semana: a destituição do presidente do banco do Vaticano, Ettore Gotti
Tedeschi, pelo conselho da instituição. Fontes próximas à investigação,
disseram que ele foi acusado também de vazar documentos, embora o motivo oficial
para sua demissão tenha sido simplesmente que ele não conseguiu cumprir seu
trabalho.
O escândalo do vazamento no Vaticano ocorre em um momento
no qual a instituição tenta mostrar para a comunidade financeira mundial que
virou a página e reduziu sua reputação de paraíso fiscal.
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