Após sete meses de trabalho, a comissão de juristas do
Senado que discute a reforma do Código Penal chegou a um consenso jurídico
sobre as propostas na segunda-feira, 18, dia da reunião final.
Ricardo Brito, Estadão.com.br
E foram tantas as sugestões de mudança que o presidente do
colegiado, Gilson Dipp, disse que nenhum tabu ficou de fora. Mas será a partir
de agora, com a busca do consenso político, que a quebra de tabus se tornará o
verdadeiro adversário do anteprojeto.
Integrantes da comissão entregarão na quarta-feira da
semana que vem o texto de 300 páginas ao presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP). A proposta então poderá ser formalmente discutida pelos
parlamentares.
Segundo eles, entre as sugestões propostas, a maior
batalha será senadores e depois deputados aprovarem mudanças na legislação dos
temas considerados religiosos, como o aumento de hipóteses em que o aborto
deixa de ser crime.
Pela proposta, uma gestante de até 12 semanas poderá
interromper a gravidez desde que um médico ou um psicólogo ateste que a mulher
não tem condições de arcar com a maternidade. Atualmente, a prática é crime,
exceto nas hipóteses em que a gravidez acarreta risco para a vida da mãe ou é
resultado de estupro.
Leia mais em As polêmicas do novo Código Penal
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