Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor
Tenho o costume de ler dois, três livros de uma só vez. Às
vezes até mais. Cansado de um tema, passo para outro e isso me proporciona uma
assimilação suave dos assuntos dissertados.
Venho me deliciando com a obra de Carlos de Souza, “Cidade
dos Reis” que conta, de forma romanceada, a história do Rio Grande do Norte, ao
mesmo tempo em que reproduz o sentimento da população ao longo do tempo.
Coincidentemente, nele encontrei três assuntos que estão
sendo objeto de trabalhos meus – sobre Saint Exupèry, que faz parte de um
capítulo do meu livro “O Velho Imigrante”, a ser lançado no dia 05 de julho
vindouro, a partir das 19 horas, na Academia Norte-rio-grandense de Letras,
numa coedição “Nave da Palavra”, da UBE/RN e “Sebo Vermelho”, de Abimael Silva.
Carlos de Souza, às páginas 122 e 123, aborda o assunto de
maneira deliciosa – “Nas esquinas surgiram rumores sobre a presença em Natal de
um piloto-escritor francês, um tal de Antoine Saint-Exupéry” e, lá às tantas,
narra o testemunho de várias pessoas, como Rocco Rosso, meu sogro e sobre quem
cuida o meu livro, viúva Machado, D. Nati Cortez, jornalista Nilo Pereira, as
Senhoras Severina Alves (D. Siva), e Lair Tinoco, tudo originariamente
registrado por Pery Lamartine no livro “Epopéia nos ares”. A propósito, minha
alegria com a notícia da recuperação deste valoroso escritor.
O outro trabalho que estou terminando, diz respeito a um
ensaio sobre o Governador Alberto Maranhão, como desencargo de obrigação
acadêmica - elogio ao Patrono da cadeira nº 2, da Academia Macaibense de
Letras, que pretendo publicar para distribuição nas escolas de Macaíba. Sobre
ele há registros interessantes a propósito da opinião do povo naquele período
de consolidação do movimento republicano, da oligarquia dos Albuquerque
Maranhão e da pregação oposicionista de José da Penha, mostrando os dois lados
da história. Por último, oferece boas indicações para um pequeno estudo sobre
Giácomo Palumbo, em cogitação.
Estou lendo, também, o trabalho de Marcelo Alves
denominado “Retratos ingleses”, o segundo de uma trilogia iniciada com “Ensaios
ingleses” onde retrata suas observações durante cursos realizados nas
Universidades da Terra Britânica, com artigos interessantes que abordam as
temáticas Direito e Literatura; Direito e Cinema; Direito e Educação; Direito e
Ciência Política e Direito e Filosofia. É a estreia da editora “Feedback”, do
jornalista e escritor Franklin Jorge.
Por derradeiro, estou me deleitando com os ensaios de
Laurence Bittencourt, que têm um título sugestivo – “Por que não o que é
nosso”, com excelentes comentários sobre as coisas da cultura geral e da
província. Suas frases merecem meditação, até mesmo aquelas com as quais não
concordo – “Quem tem saudades do passado prova que cruzou os braços para o
presente...”.
Não custa nada dar uma esticadinha, com as necessárias
cautelas, no “Guia politicamente incorreto da filosofia”, de Luiz Felipe Pondé,
este é de fora!
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