O número de menores de 10 a 17 anos trabalhando no país
caiu de 3,9 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010, segundo dados do Censo
divulgados na terça-feira pelo IBGE e pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), no Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.
Danilo Fariello e Letícia Lins, O Globo
Apesar da queda, o Brasil ainda está distante da meta de
erradicação do trabalho infantil assumida perante a OIT para até 2020. Em
estados como Roraima, Amapá, Amazonas e Distrito Federal, o número de crianças
exploradas cresceu bastante no período. Na faixa etária de até 15 anos, onde o
trabalho é ilegal, o número de crianças trabalhando é de 1,6 milhão.
É crescente o número de trabalhadores entre 10 e 13 anos,
passou de 700 mil em 2000 para 710 mil em 2010, segundo a OIT. As regiões que
mais empregam essas crianças são Norte e Centro-Oeste, mas também o Sudeste viu
esse contingente de trabalhadores crescer 15% no período, com maior alta em São
Paulo e Rio de Janeiro. O Rio tem 138 mil menores trabalhando, sendo que mais
de 24 mil têm até 13 anos.
"Isso é preocupante, já que essa faixa etária
corresponde aos anos anteriores à conclusão do ensino fundamental e seu impacto
sobre a aprendizagem, conclusão ou abandono escolar ou não ingresso no ensino
médio é imediato”, afirmou na terça por meio de nota o Fundo Nacional pela
Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).
No caminho inverso das outras regiões e até mesmo do seu
histórico de trabalho infantil, a Região Nordeste foi a única que viu a
ocupação de crianças de 10 a 13 anos diminuir. Foram menos 48 mil crianças
trabalhando.
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