De acordo com a consultoria PwC, explosão das vendas de
tablets e smartphones vai criar um novo mercado ligado à internet
Agência Estado
Um relatório publicado pela consultoria PwC sobre o
mercado de mídia e entretenimento global mostra que os segmentos digitais vão
crescer a ritmos mais fortes que os não digitais nos próximos anos e devem
acompanhar o ritmo de recuperação da economia global. Batizado de Global
Entertainment and Media Outlook, o estudo também aponta uma expansão desse
setor no Brasil.
No ano passado, o gasto com entretenimento e mídia digital
cresceu 17,6% - os gastos “offline” cresceram apenas 0,6%. Nos próximos cinco
anos, a previsão é de crescimento anual de 12,1% para o digital ante 2,8% do
não digital, Mesmo assim, o segmento “offline” deve gerar quase 67% da receita
do setor.
O crescimento da representatividade dos conteúdos digitais
levou a PwC a declarar, no título do estudo, o “fim do começo da era digital”.
Segundo a consultoria, a explosão de vendas de smartphones e tablets está
transformando o novo mercado digital em mais um mercado, integrado aos já
existentes.
O estudo também mostra que há uma expectativa de
crescimento das mídias digitais mais forte do que a média no Brasil, mas diz
que a expansão do mercado ocorrerá em todos os segmentos. “A tendência é de
convergência de mídias. Uma alimentará a outra”, disse o presidente da
Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), Luiz Lara.
Uma das áreas de maior destaque para o futuro do setor de
entretenimento e mídia é o acesso à internet móvel. Em 2011, o acesso a partir
de aparelhos celulares, tablets, entre outros, cresceu 40%, atingindo 1,2
bilhão de pessoas.
Em 2016, a expectativa é de que esse número chegue a 2,9
bilhões, ampliando o potencial de receita para conteúdo e publicidade em
aparelhos móveis.
O acesso à internet (móvel ou fixa) no Brasil deve crescer
à maior taxa entre os 48 países pesquisados. O acréscimo anual deve ser de 16,4%.
Na China, o aumento deve ser de 12,1% ao ano.
O Brasil já é o sétimo maior mercado publicitário mundial
e, em 2016, deve ocupar a sexta colocação, passando a França. No ano passado, a
publicidade brasileira movimentou US$ 14,6 bilhões, valor que pode chegar a US$
22,5 bilhões em cinco anos, a uma taxa de 9% ao ano.
O gasto dos consumidores com mídia e entretenimento também
deve aumentar. No Brasil, a expectativa é de que os consumidores gastem 9% mais
por ano com esse tipo de conteúdo.
Entre os segmentos que mais devem crescer nos próximos
anos estão: acesso à internet, fixa e móvel (16,4% de crescimento ao ano); TV a
cabo (14,4%); publicidade digital, em aparelhos fixos e móveis (12,4%); e rádio
(12%)
Nenhum comentário:
Postar um comentário