Das 90 metas ambientais mais importantes traçadas pelos
países nos últimos 40 anos, só quatro avançaram significativamente.
Roberta Pennafort, Estadão.com.br
Divulgada nesta quarta-feira, a conclusão do Panorama
Ambiental Global (GEO-5), análise cuidadosa feita por cientistas de todo o
mundo a cada cinco anos, e coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (Pnuma), fez soar o alerta a uma semana da Rio+20: de nada adiantam
os acordos se não houver prazos, monitoramento e cobrança.
O relatório, que consumiu dois anos e meio de trabalho de
mais de 300 especialistas, aponta desafios já conhecidos, como as mudanças
climáticas (há perspectiva de aumento de três graus ou mais na temperatura
global até o fim do século), a perda progressiva de biodiversidade (cerca de
20% das espécies de vertebrados estão ameaçadas) e a escassez de água (mais de
600 milhões de pessoas não terão acesso à água potável segura até 2015).
Entre as 90 metas, as quatro bem sucedidas foram o fim da
produção de substâncias que destroem a camada de ozônio, a eliminação do uso do
chumbo em comestíveis, a melhoria do acesso à água e o incremento nas pesquisas
para reduzir a poluição.
Já nas áreas de preservação de estoques de peixes e de
freio nos processos de desertificação, secas e de mudanças climáticas não houve
avanço. Em 24 metas verificou-se pouco ou nenhum avanço e em oito, entre elas a
relacionada às condições dos recifes de coral no mundo, uma piora do quadro em
relação aos relatórios anteriores.
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