Preocupados com o crescente número de vítimas de
intolerância religiosa, representantes do Centro de Articulação de Populações
Marginalizadas (Ceap) e da Expo Religião buscam soluções para uma convivência
mais respeitosa entre pessoas de crenças diferentes. Eles discutirão, na
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que
começa hoje (13), na capital fluminense, ações que visam a um mundo menos
injusto e a soluções para os problemas referentes ao meio ambiente.
Agência Brasil
A abertura das atividades da Comissão de Combate à
Intolerância Religiosa, que está prevista para amanhã (13), no Riocentro, na
Barra da Tijuca, reunirá representantes e sacerdotes de todas as religiões e
personalidades que apoiam o desenvolvimento sustentável.
De acordo com o conselheiro estratégico do Ceap e
interlocutor da comissão, Ivanir dos Santos, serão colocadas em pauta propostas
que servirão de referência para o combate à intolerância religiosa no Brasil e
no mundo. “Esse debate para a sociedade tem a ver com a democracia. A
intolerância geralmente é uma semente do pacífico. Isso é muito ruim para a
sociedade, porque, hoje, você persegue grupos religiosos e amanhã você supre a
liberdade de imprensa. A liberdade é um dos pilares fundamentais da sociedade
moderna”, disse.
Para Santos, as religiões tradicionais sempre tiveram uma
harmonia com a natureza, além de exercer um papel importante na sociedade. Ele
defende que cada segmento deva trabalhar pelos temas propostos pela Rio+20 e
mostrar seus compromissos por um mundo melhor.
“A questão da discussão é a sustentabilidade. Nada é mais
sustentável do que as religiões tradicionais. As religiões tradicionais sempre
tiveram uma interna harmonia com a natureza. Elas compreendem que o homem faz
parte da natureza. Toda a vez que você cria problemas de exploração da
natureza, obviamente está degradando aquilo que é sagrado para esse conjunto de
religiões”, destacou.
O encontro contará ainda com a presença de organizadores e
membros da Cúpula dos Povos, evento da sociedade civil paralelo à conferência
das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá entre os dias 15 e 23 de junho, no Aterro
do Flamengo. As atividades da comissão vão até o próximo domingo (17), quando
ocorrerá uma manifestação popular contra a intolerância religiosa.
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