Pesquisadores do Hospital A.C.Camargo iniciaram uma
pesquisa, com apoio da FAPESP, para detecção de células tumorais (CTCs) em
pacientes com câncer.
Agência Fapesp
Por meio da contagem de CTCs – que exercem um importante
papel na disseminação do câncer – no sangue de pacientes atendidos na
instituição hospitalar, os pesquisadores pretendem desenvolver um marcador
sanguíneo que indique, antes de iniciar o tratamento, a resposta positiva às
terapias, de modo a evitar medidas terapêuticas e exames desnecessários.
Segundo o A.C.Camargo, a meta é realizar ao longo dos
próximos dois anos a contagem das CTCs de 230 pacientes atendidos no
Ambulatório de Oncologia Clínica do hospital, sendo 100 com diagnóstico de câncer
colorretal, 100 com câncer de pulmão e outros 30 com câncer de pâncreas.
Participarão do estudo pacientes com idade a partir de 18
anos com doença localmente avançada ou doença metastática confirmada por
análise patológica e/ou radiológica e também pacientes que iniciarão
quimioterapia de primeira linha para doença metastática e com extensão da
doença determinada por exame físico e por imagem.
Não serão incluídos na pesquisa pacientes com histórico
prévio de outro câncer nos últimos dois anos.
Em caráter prospectivo, o estudo será realizado por meio
de coleta de sangue (plasma) de pacientes com tumores sólidos metastáticos ou
localmente avançados, tendo como controle negativo o sangue de indivíduos
sadios e como controle positivo amostras de sangue com células tumorais de
cólon mantidas em cultura.
O sangue dos pacientes será coletado em três tempos, sendo
o primeiro antes do início do tratamento sistêmico (quimioterapia, terapêutica
hormonal, terapias-alvo, dentre outras), a segunda etapa três a quatro semanas
após o início do tratamento e a terceira se repetindo a cada 9 ou 12 semanas,
dependendo do tratamento.
Inédita no Brasil, a análise dos níveis de células
tumorais circulantes teve seus primeiros relatos feitos ao longo dos últimos
anos por pesquisadores norte-americanos e europeus.
Acredita-se que a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. “Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é o prognóstico”, disse Marcello Fanelli, diretor de Oncologia do Hospital A. C. Camargo e um dos pesquisadores participantes do estudo.
Acredita-se que a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. “Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é o prognóstico”, disse Marcello Fanelli, diretor de Oncologia do Hospital A. C. Camargo e um dos pesquisadores participantes do estudo.
A pesquisa será coordenada por Fernando Augusto Soares,
patologista, diretor de Anatomia Patológica do A.C.Camargo e coordenador do
Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer, um dos Centros de
Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP, e contará com a participação,
além de Fanelli, da pesquisadora Ludmilla Domingos Chinen.
Mais informações: www.accamargo.org.br.
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