Por
Gustavo Maia (@GustavoMaia1)
No
Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização,
tais como o desemprego, a falta de qualificação de mão de obra e o mercado cada
vez mais competitivo e exigente, geraram uma situação de crise. Soluções ou políticas
públicas, com a crença cada vez menor pela população, que levem a geração de
novos empregos e ao aquecimento da economia estão foram apontadas como
necessidades inegáveis. Esse contexto reforçou a necessidade de se levantar
dados sobre as organizações e sua realidade no Brasil nos dias atuais, bom como
sua inserção no mercado globalizado e extremamente informatizado.
Durante
algum tempo a tendência foi a de se trabalhar com as organizações dissociadas
de suas características culturais. No entanto alguns trabalhos e estudos
apontam na direção do reconhecimento da identidade das noções , que se
diferenciam em vários aspectos e que têm cada vez mais, a consciência do
significado de empreendimentos multiculturais entre suas empresas. No Brasil, a
minoria das empresas nacionais é de capital aberto. São, em outras palavras,
empresas familiares.
O
conceito de empresa familiar básico é de que se considera uma empresa como
familiar quando um ou mais membros de uma família exerce considerável controle
administrativo sobre a empresa, por possuir parcela expressiva da propriedade
do capital. Assim, existe a estreita ou considerável relação entre propriedade
e controle, sendo que o controle é exercido justamente com base na propriedade.
As
empresas familiares representam 99% das empresas não estatais brasileiras. São elas que representam a
possibilidade de uma maior absorção de mão de obra e geração de empregos, são
elas as responsáveis pela sustentação
da economia e do aquecimento do mercado e são elas também as mais afetadas pela
globalização e burocracia nos dias atuais. As empresas familiares vêm perdendo
importância relativa entre as empresas de maior porte no Brasil por causa da
sua relutância em abrir o capital e em associar-se a parceiros internacionais.
Apesar
da importância e da necessidade de pesquisas sobre as pequenas e médias
empresas, boa parte das teorias administrativas e dos modelos de mudanças
organizacionais são derivados de pesquisas realizadas em empresas de grande
porte, geralmente de capital aberto, quando não abordam pesquisas replicadas de
países de primeiro mundo, de forma a pretender fazer uma transferência de
tecnologia, sem considerar as características culturais específicas do Brasil.
Os resultados de empresas como estas não auxiliam na compreensão das pequenas e
médias empresas.
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