Rio de Janeiro - Para orientar governos a ampliar
investimentos em museus, especialistas de 50 países aprovaram um documento
sugerindo que a Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco) publique uma resolução com recomendações específicas.
Os pesquisadores estiveram reunidos durante toda a semana na capital
fluminense
Isabela Vieira Agência Brasil
Entre os itens, o presidente do Instituto Brasileiro de
Museus, José do Nascimento Júnior, destaca a necessidade de mais recursos
financeiros para investimentos na preservação, proteção e em iniciativas
dos museus, assim como no treinamento de pessoal e no combate ao tráfico de obras
de arte. Segundo ele, em épocas de crises, governos tendem a retirar recursos
do setor.
"Nessas circunstâncias, sabemos que uma das primeiras
áreas a sofrer restrições é a cultura. Por isso, há a necessidade de
termos políticas públicas amplas", defendeu Nascimento, que esteve à
frente da elaboração do documento. Para ele, a resolução, que deve ser
elaborada pela Unesco em outubro, pode estimular os países-membros da ONU a
criar as próprias políticas.
Na avaliação dos participantes, todos os órgãos de governo,
em níveis municipais, estaduais e federal, devem ter medidas para os museus. O
apoio da iniciativa privada também tem importância.
"A memória é estratégica para várias questões. Os
museus são instrumentos que preservam o passado, dialogam com o presente
para garantir o futuro", destacou Nascimento.
O presidente do Ibram disse que, durante a
reunião de especialistas, iniciativas brasileiras como a Política
Nacional de Museus, de 2003, que instituiu editais e ações de divulgação, foram
elogiadas. Porém, reconheceu que é preciso avançar no combate ao tráfico de
peças, com a "maior articulação entre a Polícia Federal e a Receita
Federal". Acordos com os órgãos já estão em curso.
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