Brasileiros pagam até 300% ao ano de taxa e multas
quando não quitam fatura do cartão de crédito. Para especialista, instituições
cobram o máximo que o consumidor consegue arcar
Olivia Alonso e Danielle Brant , iG
São Paulo
O Brasil sempre foi pródigo em criar jabuticabas
financeiras, aquelas situações econômicas que beiram o surrealismo e ninguém
consegue entender muito bem porque só acontecem por aqui. Dono de um vasto
repertório, como o overnight nos tempos de inflação galopante ou as atuais
Letras Financeiras do Tesouro, o Brasil está agora novamente diante de um
aparente paradoxo econômico. Enquanto a taxa básica de juros, a Selic, que
serve de referência para todo o mercado, cai para os menores níveis da história
brasileira, as taxas cobradas pelos cartões de crédito não só se mantêm em três
dígitos ao ano como, em alguns casos, chegam, até, a subir. Apesar disso, é
praticamente impossível encontrar no mercado brasileiro algum emissor de
cartões que explique a razão desse descompasso ou mesmo quais são os
componentes utilizados para determinar uma taxa de juros tão alta.
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