O desastre nuclear de Fukushima após o terremoto de 11
de março de 2011 já deixa marcas na fauna local do nordeste japonês. Cientistas
encontraram borboletas que sofreram mutações devido à radiação liberada pelos
reatores danificados da usina, segundo o site Scientific Reports, ligado à
revista Nature.
Os exemplares encontrados apresentavam mutações nas patas,
antenas, abdômen e olhos. As asas, porém, parecem ter sido a parte mais afetada
das borboletas – foram encontradas alterações de tamanho, pigmentação, cor e
outras anormalidades.

Isso tudo apenas dois meses após o desastre nuclear, o
segundo pior da história, atrás apenas do caso de 1986 em Chernobyl, na
Ucrânia. Uma nova coleta em setembro de 2011 mostrou que 28% das borboletas
haviam sofrido mutações. Entre as crias destas, as mutantes eram 52%.
As borboletas logo levantaram questionamentos sobre os
efeitos sobre humanos, mas Joji Otaki, um dos pesquisadores, tratou de
tranquilizar os receosos. “A sensibilidade à radiação varia de espécie para
espécie, então temos que pesquisar os efeitos em outros animais. Humanos são
totalmente diferentes de borboletas e são muito mais resistentes”, disse ele ao
jornal Japan Times.
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