O currículo do ensino fundamental terá a disciplina
cidadania moral e ética. A decisão, em caráter terminativo, foi aprovada pela
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. A medida também inclui no
currículo do ensino médio a disciplina ética social e política.
Agência Brasil
O Projeto de Lei do Senado 2/2012, de autoria do senador
Sérgio Souza (PMDB-PR), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino
fundamental. Entre as justificativas de Sérgio Souza para o projeto, está “a
necessidade de aprimoramento da LDB, com a criação de disciplinas que deem aos
estudantes melhor formação ética, social e política, o que os capacitará para o
correto entendimento dos principais problemas sociais do nosso país e do
mundo”.
A diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila
Cruz, criticou a medida e o excesso de disciplinas já constantes do currículo
da educação básica. “Que horas que os alunos vão conseguir aprender aquilo que
é essencial? Não que [o projeto de lei do Senado] não seja importante,
realmente vivemos uma crise de valores na sociedade. O que acontece é que tudo
recai na escola. Não tenho dúvidas que o aluno deve refletir sobre questões de
ética, mas não se aprende na teoria. É no dia a dia”, defende.
Priscila Cruz considerou “desnecessária” mais uma
disciplina e destacou que o conteúdo deve ser trabalhado de forma transversal
em todas as disciplinas. “Não se pode separar ética, ela tem que estar presente
em todos os conteúdos. Como tema transversal é perfeito. Cidadania é ética, e
isso a gente vivencia”, completou.
A comissão também aprovou, em decisão terminativa, o
projeto de lei que modifica a Política Nacional do Livro. Com a mudança, os
livros eletrônicos serão equiparados aos tradicionais na legislação brasileira,
inclusive na isenção de impostos.
Em outra decisão, foi aprovado o parecer favorável do
senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) ao projeto de lei que considera crime
hediondo o desvio de verbas destinadas a programas de educação e saúde (PLS
676/2011). A matéria agora vai para a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.
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