Panfletos, comício, carro de som, propaganda eleitoral,
nada disso repercute com tanta rapidez como um comentário nas redes sociais.
Segundo o Instituto Ibope, são mais de 74 milhões de usuários com mais de 16
anos que utilizam as redes sociais, dando ao Brasil a 5ª posição entre os
países com maior número de conexões à Internet.
Fonte: Eleitor Digital
Como ferramenta poderosa na busca por eleitorado para a
disputa por uma vaga nas eleições municipais de 2012, políticos já começam a
dar os primeiros passos na aproximação com jovens entre 20 a 35 anos que
freqüentam regularmente as redes sociais. Segundo pesquisas eles possuem Orkut,
Facebook, Twitter acessam o Youtube e interage o tempo todo com meio
eletrônico.
As estratégias do marketing eleitoral nas redes sociais
Segundo o especialista em marketing político Cândido
Gomes, a principal dica para quem busca uma vitoria na campanha municipal é
desenvolver metas e estratégias para atingir esse eleitorado: redes sociais
para os jovens e rádio e tv para a grande massa. “A Internet oferece a
possibilidade de se tornar um espaço midiático mais amplo e democrático para a
participação política. Mais do que uma nova tecnologia, trata-se de um meio de
comunicação, de interação e de organização social”, destacou.
“A internet será uma ferramenta essencial nessas eleições,
através dela políticos vão interagir 24 horas com o seu eleitorado. O marketing
político no Twitter, uma das opções mais procuradas pelos políticos, e que
atinge principalmente os novos eleitores, permite a troca de mensagens entre de
participantes, tornando o debate mais democrático, podendo gerar um agitação
nas contagens dos votos”, explicou.
Porém a super exposição nas redes sociais, também pode
acarretar sérios problemas aos pretensos candidatos, inclusive na obtenção do
registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral. Segundo o especialista em
Direito Eleitoral Leonardo Airton Soares, o fato da legislação de campanha na
internet ser muito recente, requer ainda mais cuidado por parte dos políticos.
“Medidas como o cuidado com o conteúdo, publicidade on-line e o que o candidato
divulga nas mídias sociais são passos que podem influenciar no sucesso ou no
fracasso de um candidato à vida pública”, destacou.
Para o consultor Alberto Valle, especialista em marketing
digital e instrutor do curso de marketing político digital do CEC, as eleições
de 2012 terão uma influência forte do que for veiculado nas mídias sociais. “As
redes sociais cairam no gosto do brasileiro e os políticos já perceberam isso.
Temos sentido uma procura muito maior por nossos cursos este ano, um sinal
claro que as campanhas irão apostar fortemente nessas mídias. O candidato que
ficar de fora, certamente vai estar em desvantagem”, afirmou o consultor.
O uso das mídias sociais em campanhas está regulamentada a
partir do projeto de lei 5984/09, de dezembro de 2009. Em 2010 a lei foi
aplicada com rigor para punir os infratores. “Assim, calúnias, injúrias e
difamações contra adversários políticos são devidamente monitorados pelos
militantes e o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, deixou bem claro o que será e
o que não será permitido nas campanhas, punindo os excessos com rapidez”,
finalizou.
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