A deduzir do descaso do povo com as coisas e a política
do Brasil, nos leva a deduzir, que somos um País sem alma.
Os desmandos continuam, antes e depois das eleições. A
disputa renhida de antes, com indicação dos pontos fracos dos candidatos logo
desaparecem para permitir os conchavos e alianças para o 2º turno, sem mais
questionamentos – é o jogo da mentira.
Por Carlos Roberto de Miranda Gomes, (um pobre
advogado, já velho, e ainda sonhador)
Partidos sem ideologia só existem no papel, pois eles
mesmos debocham do povo ao admitir certa categoria de pessoas a concorrerem a
cargos públicos com suas legendas e que, boa parte, somente teve o seu único
voto, em detrimento de tanta gente valorosa que se distancia da
política com vergonha dos seus objetivos colidentes com os anseios da
comunidade.
Enquanto essa vergonha acontece, a legislação brasileira
privilegia os acordos espúrios entre partidos os quais, graças a essa
artificialidade, conseguem eleger candidatos sem expressão na coletividade e
logram vitória sobre outros que, individualmente, tiveram uma votação
expressiva, reforçando o dito popular desgastado - “ganha mas não leva”.
Precisamos refletir sobre esses aspectos da legislação
eleitoral e criar mecanismos para que o cidadão de bem possa se candidatar, sem
atrelamento a partidos de aluguel ou carcomidos pelos vícios da corrupção, que
tornam o Brasil em mais uma republiqueta manipulada desta enfraquecida América
do Sul, berço dos ditadores de fato e de direito.
Ademais disso, tem sido comum em nosso País a velha
história de cassação dos eleitos por delitos cometidos antes do pleito e que
deveriam ter sido apurados no momento oportuno.
Vivemos, indiscutivelmente, a era da insegurança jurídica,
onde ser honesto é motivo de vergonha e ganham os piores.
Vejam vocês – Natal tem uma das mais deficientes
administrações de toda a sua história, mas a Prefeita será premiada com o
direito de terminar o seu mandato e, quem sabe, daqui a pouco tempo, retornar a
concorrer a cargo público. Temos que suportar os desmandos administrativos de
secretários que têm mais amor ao cargo do que às suas obrigações, enquanto
sonhamos com a concretização do “legado da copa”, engodo demagógico cada vez
mais distante.
Vivemos um momento que nos relembra “Hobbes” com o seu
“leviatã”. E nada se faz, senão proclamar os retornos dos “mesmos” trogloditas
da política, coronéis da vontade nacional, traidores da confiança do povo.
O “mensalão” está aí, e as outras “operações” quando serão
julgadas?
Já não ocupo nenhum cargo, estou arquivado, esquecido
pelas instituições públicas onde dei tanto do meu trabalho, como a UFRN, o TCE
e o TRE. Já não faço parte das listas dos cronistas, não recebo convites.
Apenas a OAB/RN não me abandonou. Mas guardo o direito de gritar em meu
“blogue”, pois, raramente, um artigo meu é publicado. Coisas do tempo e dos
costumes da província!
ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR TANTA VERGONHA!
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