A Organização Internacional do
Trabalho (OIT) encerrou ontem (16) a terceira reunião anual do Conselho de
Administração divulgando declaração em que alerta para os riscos de a economia
mundial entrar em um período prolongado de crescimento baixo, ou mesmo
negativo. Segundo a organização, o cenário pode resultar em “consequências
sociais terríveis aos trabalhadores e crise para os empregadores”.
Agência Brasil
De acordo com o comunicado conjunto
dos participantes do encontro, que pode ser
conferido em inglês nosite da OIT, o diálogo social é
indispensável para que haja uma resposta efetiva à crise, para a manutenção dos
direitos dos trabalhadores no ambiente de trabalho e para a recuperação da
economia mundial.
O Conselho de Administração da OIT
- que tem participação de trabalhadores, empregadores e governos - se reúne
três vezes ao ano, em março, junho e novembro, para definir as políticas da
organização, debater a agenda das conferências internacionais do trabalho,
adotar rascunhos de programas e orçamentos e eleger novos diretores-gerais.
A estimativa do colegiado, que
esteve reunido nas últimas duas semanas em Genebra, na Suíça, é que pelo menos
203 milhões de pessoas estejam desempregadas no mundo em 2013. O Brasil foi
representado na reunião pelo coordenador de Assuntos Internacionais do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Sérgio Paixão.
A organização também ressaltou a
importância da adesão dos governos à Declaração da
OIT sobre Justiça Social para uma Globalização Justa e ao Pacto Global
para o Emprego, como forma de alcançar a recuperação econômica
sustentável e o crescimento.
Os representantes ainda pediram ao
diretor-geral da OIT, Guy Ryder, que as futuras reuniões da OIT sejam
aproveitadas para debater a crise, promover ações coordenadas e avançar em
soluções.
Fazem parte do documento outras
propostas, como a inclusão do trabalho decente e emprego no rol dos Objetivos
do Milênio das Nações Unidas, depois do período de implementação da agenda, que
se encerra em 2015; e que esforços da OIT promovam a coerência entre as
políticas de trabalho e emprego nos países que têm papel mais relevante e
influência no contexto internacional.
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