Ivan
Richard da Agência Brasil
Ao
lado de todos os ex-ministros da pasta, a ministra da Secretaria Especial de
Direitos Humanos, Maria do Rosário, divulgou ontem (13) uma carta aos deputados
em que declara que o país está correndo contra o tempo para que a memória das
vítimas da ditadura militar não seja esquecida.
No
manifesto, Maria do Rosário e os ex-ministros apoiam o projeto de lei que cria
a Comissão da Verdade e defendem que o direito à memória e à verdade é uma
"conquista" que não pode ser negada. "O Congresso Nacional tem
em suas mãos a oportunidade de aprovar esse projeto seguindo os passos já
trilhados para a consolidação do regime democrático em nosso país", diz
trecho da carta.
"Nosso
desafio, hoje, é uma corrida contra o tempo: as memórias ainda vivas não podem
ser esquecidas e, somente conhecendo as práticas de violação desse passado
recente, evitaremos violações no futuro", dizem os ministros.
Além
de Maria do Rosário, assinam a carta os ex-ministros Paulo Vannuchi, José
Gregori, Gilberto Vergne Sabóia, Paulo Sérgio Pinheiro, Nilmário Miranda e
Mário Mamede. O ministro da Defesa, Celso Amorim, também participou da reunião,
mas saiu do encontro sem falar com a imprensa.
O
Projeto de Lei 7.376 foi enviado pelo Executivo, em maio, à Câmara dos
Deputados e, depois de ter passado pelas comissões de Direitos Humanos e
Minorias e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, já houve três pedidos
para a inclusão da proposta, na ordem do dia, para análise do plenário. O
projeto cria a Comissão da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da
República.
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