Emerson
Kimura – Folha.com (enviado especial a Praga)
O
Mac está começando a se tornar um alvo comum para os hackers. Segundo Yuval
Ben-Itzhak, da AVG, isso é consequência do aumento da fatia de mercado da plataforma
da Apple, que estaria por volta de 10%.
A
faixa dos 10% é uma "marca conhecida", na qual cibercriminosos
começam a agir, disse Ben-Itzhak durante evento da empresa. "Uma vez que
[um produto] alcança 10% de participação no mercado, ele atrai mais atenção dos
hackers. Vi isso em vários produtos. Lembram-se de quando o Mozilla Firefox era
considerado muito mais seguro do que o Internet Explorer? Hoje eles têm quase o
mesmo número de vulnerabilidades."
"Os
hackers sempre seguirão os usuários", disse Ben-Itzhak, CTO (chief
technology officer) da AVG. Assim, não é surpresa o número cada vez maior de
ameaças também em plataformas como o Facebook e o Android --a quantidade de
malware (software malicioso) para o sistema operacional móvel do Google tem
aumentado mais rapidamente do que para PCs, segundo o executivo.
AMEAÇAS
Ao
dar exemplos de ameaças para Facebook, Ben-Itzhak listou o já famoso botão
"dislike" (não curtir), uma oferta de "gold accounts"
(contas de ouro) para a rede social e os links de phishing, geralmente
compartilhados por perfis que foram infectados.
O
sistema mais flexível do Android, que permite a instalação de aplicativos de
diferentes repositórios, contribui na proliferação de malware --muitos usuários
acabam baixando versões infectadas de programas legítimos --como Angry Birds,
que, segundo o CTO, é o jogo pirateado mais popular.
Uma
tática comum dos hackers é pegar o aplicativo original, fazer engenharia
reversa (para ter acesso ao código-fonte), inserir código malicioso e enviar o
programa modificado a repositórios de aplicativos.
O
aplicativo pirata pode, por exemplo, enviar automaticamente --sem o usuário
saber-- mensagens SMS "premium", que dão dinheiro aos
cibercriminosos. Assim, diferente das ameaças para PCs, o malware para dispositivos
móveis não precisa capturar dados confidenciais do usuários (como números de
cartão de crédito) para que o hacker consiga "monetizar" sua ação,
explicou Ben-Itzhak.
De
qualquer maneira, informações confidenciais continuam a ser coletadas por
hackers. E bancos continuam a ser um alvo frequente. Ben-Itzhak mostrou uma
página em que uma instituição financeira pedia ao usuário que preenchesse um
formulário --só que alguns dos campos exibidos haviam sido inseridos por
hackers que invadiram o site. Em outra demonstração, um computador infectado
acessava a página oficial de um banco, mas as informações inseridas pelo
usuário eram enviadas para um servidor não legítimo.
O
jornalista EMERSON KIMURA viajou a convite da AVG
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