Febraban
diz não ver bolha de crédito no Brasil
O
economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens
Sardenberg, classifica como "totalmente fora de propósito a colocação de
que haja uma formação de bolha de crédito no Brasil, especialmente no setor
imobiliário", conforme aparece, vez por outra, em artigos da imprensa
internacional. Sua colocação foi feita durante coletiva online realizada essa
semana para divulgar a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e
Expectativas de Mercado referentes a setembro.
Sardenberg
disse que andou analisando os artigos publicados na imprensa estrangeira e
comparando com os números oficiais do Brasil e não conseguiu ver nenhuma
possibilidade de formação de bolhas no País. Aqui, disse, o crédito total
equivale a 47% do Produto Interno Bruto (PIB), o que é um porcentual baixo. Além
disso, continuou, o crédito no Brasil é bastante pulverizado. No setor imobiliário
é da ordem de 4% e está concentrado na Caixa Econômica Federal (CEF). Ou seja,
o setor privado está pouco exposto a essa modalidade de crédito.
Para
Sardenberg, os próprios artigos (sobre bolha de crédito no País) se contradizem
quando relatam um comprometimento maior da renda do consumidor brasileiro.
Ele explica que aqui há um maior comprometimento da renda porque a taxa de
juros no País é muito alta e o prazo dos financiamentos é curto. Por isso, os
brasileiros comprometem uma parcela maior da renda. Por outro lado, pondera,
pagam suas dívidas em um prazo bem menor do que os americanos. "Mesmo
assim, o comprometimento da renda é bem menor do que a imprensa internacional
tem divulgado".
Fonte:
Agência Estado
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